Já tem um certo tempo que não posto nada no blog. Não foi por falta do que escrever; pelo contrário. A verdade é que gosto de escrever sobre coisas que me motivam e que acredito que vão despertar interesse aos poucos leitores e curiosos que “gastam” alguns minutos lendo algo além das breves descrições dos posts do Instagram, como uma experiência pessoal como a que vou relatar.
Gostaria de partilhar essa experiência pessoal – uma daquelas que podem desencorajar os já medrosos de plantão.
Há poucos dias ganhei uma viagem para Foz do Iguaçu e estava super ansiosa. Por alguns motivos, mas um dos grandes, era viajar de avião. Essa é uma daquelas coisas que amo fazer na vida: arrumar as malas, ir para o aeroporto e curtir toda aquela coisa que a maioria das pessoas não gosta, que é o trâmite normal em um aeroporto na área de embarque. E claro, sentir e aproveitar toda aquela ansiedade que antecede o vôo.
Vocês têm alguma mania antes de entrar no avião? Ahhh eu tenho…e adquiri ao longo das muitas viagens que fiz, nacionais e internacionais, nos pequenos e nos grandes aviões. Inclusive, no maior avião do mundo, o A380 (trecho que fiz de Dubai até São Paulo, quando retornava das minhas longas aventuras morando em Bali – experiência única, diga-se de passagem). A minha mania é dar um tapinha no avião, entrar com o pé direito e cochichar algo como “vamo que vamo”!
E lá fui eu, para mais essa aventura pelos ares. Um dia maravilhoso, com um nascer do sol deslumbrante. Fazia muito tempo que não via cores tão vibrantes no céu, pela janelinha do avião. Serviço de bordo feito, nos preparávamos para a descida e em breve, pousar no aeroporto de Foz do Iguaçu. Se não era o melhor vôo que já tinha feito, certamente chegou perto -até um certo momento.
Me antecipei, peguei meu celular e já deixei um mensagem pronta para ser enviada assim que pousasse. E nela escrevi “Família, melhor viagem impossível. Pouso tranquilo! Em breve estaremos na Argentina”. Nesse momento do ponto final, algo muito forte me fez apagar a mensagem. É aquele tal de sexto sentido que nem sempre ouvimos. Só pensei: “Por que escrever que o pouso foi ótimo se você nem chegou ainda? Não se antecipe!! Apague a mensagem e depois que chegar você manda”.
E foi isso…já com o trem de pouso abaixado, visualizando o chão já próximo, o avião prestes a pousar, uma daquelas nuvens inexplicáveis, que surgem para causar. O avião foi arremessado para baixo e para o lado, de forma que ficamos totalmente d inclinados para baixo e para o lado. Por longos segundo achei que fossem meus últimos suspiros. Com uma força bruta, o piloto rasgou a nuvem de qualquer maneira, rumo ao céu. E pairou um silêncio mortal. Um pânico tímido de instalou em cada um dos mais de 300 passageiros. Seguimos rumo a outro aeroporto, sem compreender de fato o ocorrido e nosso destino. Após uns 10 minutos de silêncio, a voz do piloto, estremecida e tensa, corta o clima de tensão. Confesso que foi o anúncio de um comandante de avião mais estranho que já ouvi na vida. Claramente ele estava em pânico também. Fomos todos pegos de surpresa. “(…) aqui é o seu comandante. Passamos por uma turbulência muito severa e para segurança de todos, eu decidi arremeter e não fazer qualquer outra tentativa de pouso seria de extremo risco. (…)”. Que comandante fala assim? Acho que até hoje não assimilei essa decisão unilateral, expressa de forma tão…humana em momento de extrema tensão (risos de tensão).
E foi mais ou menos essa a minha última experiência de vôo. Lembro como se fosse hoje, do formato assustador da nuvem que nos engoliu. Parecia um redemoinho cheio de vida, querendo nos engolir a todo custo.
Parece dramático né? Confesso que sim, mas está sendo menos fiel à realidade do que gostaria, mas se eu fosse aos mínimos detalhes, não sobrariam leitores até o fim da última linha desse relato.
Mas, pensando agora nos motivos que me levaram a dividir esse acontecimento… um deles tem relação com o momento, com o presente. Ele só existe agora e no segundo seguinte o presente já virou passado e futuro. São os momentos que fazem a vida valer à pena. E nunca vou deixar de incentivar os leitores e apaixonados pela vida e pelas descobertas, a viajarem, a conhecerem novos lugares, culturas e pessoas diferentes, a se aventurarem mundo afora. Experienciar tudo o que a vida apresenta, mesmo se for uma dessas turbulências de revirar o estômago e te deixar sem ar.
Outros motivos, não menos relevantes mas que caminham junto ao primeiro, são dicas para quem tem medo de viajar de avião. Separei 5 dicas que podem ajudar a diminuir a tensão:
- 1. Entenda os fatos: Conhecer os fatos sobre a segurança da aviação pode ajudar a acalmar os nervos. Estatisticamente, voar é uma das formas mais seguras de viajar. Pesquise sobre os procedimentos de segurança das companhias aéreas e os protocolos rigorosos de manutenção das aeronaves.
- 2. Respire fundo e pratique o relaxamento: Técnicas de respiração e relaxamento podem ajudar a reduzir a ansiedade durante o voo. Pratique técnicas de respiração profunda e visualize lugares calmos e tranquilos para ajudar a acalmar os nervos antes e durante o voo.
- 3. Distraia-se com entretenimento: Mantenha a mente ocupada com atividades durante o voo. Leia um livro interessante, uma revista, assista aos filmes ou jogos em dispositivos eletrônicos para ajudar a desviar o foco do medo e manter a mente ocupada.
- 4. Escolha um assento confortável: Se possível, escolha um assento que proporcione maior conforto durante o voo. Algumas pessoas se sentem mais seguras escolhendo assentos próximos às asas, onde há menos turbulência percebida, enquanto outras preferem assentos próximos ao corredor para ter mais liberdade de movimento. Mas lembre-se, é normal sentir um pouco de ansiedade ao enfrentar algo novo, como voar de avião, mas com o tempo e prática, muitas pessoas conseguem superar esse medo e desfrutar das maravilhas das viagens aéreas.
A melhor dica é curtir o momento. Se não está sob nosso controle, devemos experienciar da melhor maneira possível. Depois teremos boas histórias pra contar! Enjoy your flight!